segunda-feira, 13 de junho de 2011

Com que perfil eu vou?


Parando para pensar rapidamente sobre o que eu abordaria no meu primeiro artigo, aqui no blog da Insighting, acabou chegando à mente uma imagem que há pelo menos duas décadas atrás seria impensável: lembrei de um programa de TV, exibido por esses dias, em que apareceu um cantor sertanejo “malhado” e com tatuagens tribais por quase todo o braço direito.
No caso acima, o que pensaria o vendedor ao avistar um consumidor com aparência de “metaleiro”? –“Opa, vou logo pegar aquela Fender da vitrine”. Jamais imaginaria que ele tivesse ido ali atrás de uma sanfona.  Clichês e pré-conceitos totalmente à parte, se você decidisse entrar numa loja para comprar algo que em nada lembrasse tua própria aparência, os demais consumidores presentes já te olhariam como um E.T..
Exemplos da mistureba em que se transformou o perfil dos consumidores, atualmente, aparecem por aí a cada instante, principalmente na internet e nas ruas: a vovozinha que “arrebentou” dançando trance, o skatista que parece ter saído de uma faculdade de matemática... ou mesmo um amigo meu que diz “sou baiano, mas ouço Radiohead”. Também tem um exemplo clássico do cinema, aquele da Julia Roberts em “Uma linda mulher”, em que ela foi expulsa de uma loja de grife depois de sofrer humilhação só porque estava vestida como uma “profissional do sé-qui-ço”.
A sociedade da informação, as redes sociais, o troca-troca cultural promovido pela internet, além de outros itens que poderíamos citar aqui levaram o consumidor a experimentar mais, e de tudo o que vem ao gosto do freguês. Aí, a gente para e pensa: as compras virtuais, em lojas por todo o planeta, oferecem produtos que, em muitos casos, tem público definido. As empresas montam campanhas baseadas em pesquisas de opinião, grupo, classe e o que mais possa fazer sentido para encontrar um nicho de mercado.  Definido o público-alvo, o produto é lançado.
Tal produto pode ser um casaco maneiríssimo de uma marca esportiva famosa, preferida do público clubber. Pessoas de cabelo colorido, piercing e loucas por “batidas por minuto”  ferozes já estão esgotando o estoque da loja. Entre os consumidores está a vovozinha do terceiro parágrafo. Já até vejo, nesse momento, você começando a se descabelar, pensando se seu produto deve ter atitude ou atingir um nicho.

Um comentário:

  1. Léo, passei para ler o seu artigo e te dar os meus parabéns...sucesso!!!!

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