segunda-feira, 23 de maio de 2011

O mundo azul e rosa do Marketing Infantil






Olá pessoal!

Meu nome é Vanessa Egues e a partir de hoje também contribuirei com o blog, falando um pouco sobre Marketing Infantil. Agradeço a Insighting Comunicação pelo convite. Espero que gostem!

O mercado infantil é uma área em constante crescimento, pois a cada dia vemos um produto ou serviço novo para este público. Isto porque a infância de hoje é muito diferente da nossa própria infância. Este público recebe influências diferentes, e por isso também tem necessidades muito específicas.

Uma das principais influências são seus próprios pais. Estes “novos adultos” lhe dão mais liberdade de consumo do que os pais das décadas de 70 e 80. Quem nunca ficou chateado ao ter que usar uma roupa que sua mãe adorou, mas você não? Hoje, o que vemos são os pequenos em shoppings e lojas de grife escolhendo seu próprio guarda-roupa. E para isso, a indústria da moda tem investido pesado, inclusive miniaturizando artigos adultos para as crianças. E qual menina nunca usou a maquiagem da mamãe para sentir-se mais bonita? Atualmente, salões de belezas também já contam com serviços e produtos especiais para as pequenas clientes. Existem ainda pacotes promocionais onde pode-se comemorar o aniversário com as amiguinhas realizando um dia de beleza! Muito legal, não acham?

Outra influência importante é a internet. Segundo um estudo da comScore em 2010, as crianças internautas brasileiras com idade entre 6 e 14 anos passam 60% de seu tempo online em sites de comunicação e entretenimento, somando 12% do total da população online no Brasil em maio de 2010 . E aí estão concentradas as maiores fontes de divulgação de produtos infantis.

Para uma melhor compreensão da área, seguem três pontos importantíssimos para desmistificar o Marketing Infantil:

1. O público infantil é como meu filho ou outra criança próxima.
Uma criança que conviva com você pode não refletir necessariamente o comportamento médio da maioria do seu público. Por isso, é muito arriscado basear-se no comportamento ou nas escolhas de algumas poucas crianças próximas. O ideal é basear-se em pesquisas que reflitam de forma mais correta o comportamento de seu público específico.

2. O marketing infantil é propaganda para crianças.
Marketing não é sinônimo de publicidade. Ele pode lançar mão dessa ferramenta, entre tantas outras, para atingir seus objetivos, mas não pode ser confundido com ela. Marketing é o estudo do mercado e a definição e execução de estratégias e ações que visam atingir os objetivos da empresa. Para isso, procura atender os clientes, levando benefícios valorizados por eles. O marketing pode se utilizar de muitas outras técnicas e ferramentas, como pesquisas de mercado, ações no ponto-de-venda, demonstradoras, assessoria de imprensa, eventos, vendas pessoais, etc. A própria estratégia de produto e de preço cabem ao marketing ajudar a definir. Portanto, este é muito mais amplo que a publicidade.

3. O marketing infantil é anti-ético, pois manipula as crianças aproveitando-se de sua inocência.
Infelizmente, práticas anti-éticas são vistas nos mais diferentes campos de ação. No entanto, isso não as justifica. O consumidor de hoje tem um poder incrível, tendo muito mais facilidade para denunciar e se manifestar diante de uma prática injusta ou incorreta de qualquer empresa. Nos últimos anos, vimos empresas bilionárias terem problemas sérios ou até falirem em função de uma crise de confiança. O mercado não terá espaço para empresas que não souberem conciliar a geração de lucro com compromissos sociais. Assim, o marketing infantil também não poderá se aproveitar da inocência ou inexperiência da criança para proveito próprio. Pelo contrário, a preocupação constante deverá ser a entrega de benefícios a longo prazo.

Até a próxima!

Fonte: www.marketinginfantil.com.br

4 comentários:

  1. Esse mercado cresce cada dia mais. O fato de as garotas se "tornarem" mulheres cedo vem aumentando e com isso a concorrência de lojas e institutos de beleza para esse consumidor.

    Muito boa o post. Parabéns!

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  2. É isso mesmo Vanessa, nossas crianças são cada vez mais alvos de propagandas de produtos e serviços, que por vezes esquecem que estão tratando de crianças e as "adultificam"...em contra partida estas crianças assumem papeis amadurecidos cada vez mais cedo e tornam-se mais e mais exigentes...Assim, temos um local exelente para comercialização e criatividade - o universo infantil.

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  3. Acho que esse tipo de estratégia é um pouco agressiva, mas na verdade cabe aos pais filtrarem as informações que chegarão aos seus filhos. Criança tem que ser criança. O mercado infantil é gigantesco e não seria difícil encontrar brechas para oferecer propostas mais infantis. Por que crescer antes do tempo? Para que pintar as unhas aos 3 anos de idade? Ou ter a possibilidade de comprar suas próprias roupas sem o auxílio dos pais. A melhor fase é essa, não dever ser desperdiçada com o consumismo.
    Vanessa, parabéns pela primeira postagem, que venham muitas!!!

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  4. Adorei o post! É complicado trabalhar com crianças e com ética ao mesmo tempo, a linha é tênue! Mas com as dicas aqui acho que consigo hehe

    Beijos e parabéns!

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